Diástase pós-parto: 4 coisas que você precisa saber 

Diástase pós-parto: 4 coisas que você precisa saber

Você sabe o que é diástase pós-parto? Confira no artigo informações sobre o problema. Visite o nosso blog para mais conteúdos! 

O nascimento de um bebê é motivo de muita felicidade e alegria! E representa um período de recuperação do corpo da mãe após a gestação. Contudo, a diástase pós-parto pode fazer parte disso. Vamos te explicar como.  

Por volta do terceiro trimestre da gravidez, com o crescimento uterino, ocorre um afastamento dos músculos abdominais e do tecido conjuntivo entre eles. Essa condição experimentada pelas gestantes chama-se diástase abdominal

Entretanto, em algumas mulheres, o afastamento muscular permanece depois de semanas após o parto. Tal condição causa flacidez abdominal e outros desconfortos. 

Confira neste artigo o que é diástase pós-parto, por que acontece e como identificar o problema. Saiba também o que fazer para melhorar a diástase através dos tratamentos disponíveis. Está pronta? Boa leitura!

1. Diástase pós-parto: o que é?

A diástase pós-parto é o afastamento dos músculos retos abdominais e do tecido conjuntivo que os acompanha. Caracteriza-se por uma distância palpável de aproximadamente 2 cm em áreas próximas à linha alba. 

Também pode ser observada na linha umbilical ou 4,5 cm acima (ou abaixo) desta localização. Além disso, pode resultar em um abaulamento abdominal, ou seja, uma barriga proeminente. 

Estima-se que até 60% das mulheres podem apresentar diástase durante o período gestacional ou no pós-parto. Outros dados da literatura sugerem que entre 33% e 74% das mulheres apresentam a condição após o parto. 

Há, ainda, outras hipóteses. Entre 23% a 32% das mulheres apresentariam essa distância dos músculos após um ano do parto.  

Uma pergunta bastante comum diz respeito à resolução do quadro. Quanto tempo após o parto a diástase se reaproxima, ou seja, retorna ao normal? 

Estudos demonstram que o espaço entre os retos abdominais tende a diminuir de maneira gradual. Isso seria em, aproximadamente, oito semanas após o parto. Mas há variações individuais.

Desse modo, conhecer os mecanismos do problema pode ajudar você a entendê-lo melhor. Você sabe quais as causas da diástase pós-parto? É o que vamos conhecer agora! 

2. Mas por que acontece?

A diástase pós-parto relaciona-se com as alterações durante a gravidez. O período gestacional implica em modificações biomecânicas e fisiológicas para o corpo da mãe. 

Uma cascata de eventos hormonais (cada um com sua função) muda estruturalmente músculos, ligamentos e articulações. Um exemplo é a relaxina. Esse hormônio também distende o útero para acomodar o crescimento do bebê. 

Dessa maneira, conforme o abdômen cresce, há um estiramento dos músculos abdominais. 

A circunferência na linha da cintura pode aumentar em torno de 50 cm. Já os músculos retos abdominais alongam-se, aproximadamente, 20 cm! Nesse estágio, pode acontecer a separação muscular na linha média, formando a diástase

Existem, além disso, fatores que colaboram para a diástase pós-parto: 

  • obesidade; 
  • multiparidade; 
  • gravidez gemelar;
  • macrossomia fetal; 
  • flacidez abdominal pré-gravídica; 
  • sedentarismo. 

3. E agora, como saber se eu tenho?

A diástase dos músculos retos abdominais não provoca incômodos ou dor. 

Um estudo recente (2018) sugeriu que nem todas as mulheres terão queixas ou disfunções no pós-parto imediato. 

Entretanto, o distanciamento exagerado interfera na funcionalidade da região abdominal. Com isso, pode acontecer uma dificuldade para a estabilização do tronco. Como consequência, é possível que a dor lombar apareça em um período mais tardio. 

Existe um teste rápido que pode ajudar você a identificar a diástase. Trouxemos esses seis passos abaixo: 

  1. comece deitada, com suas pernas flexionadas e os pés no chão;
  2. pressione os dedos indicador e médio cerca de 2 com acima e abaixo do umbigo; 
  3. contraia a barriga, como se estivesse começando a fazer um abdominal na academia; 
  4. repare se consegue sentir, com os dedos, as bordas dos músculos; e se existe espaço e profundidade entre eles;
  5. perceba se os seus dedos ficam parados, mesmo com a contração muscular; ou se palpa uma distância entre a musculatura. Um afastamento de dois dedos ou mais é considerado importante;
  6. preste atenção se esse tecido entre os músculos estiver flácido e profundo; ou, se sentir que a parede abdominal está fraca. 

Esse autoexame não substitui a avaliação criteriosa de um profissional. Portanto, não deixe de procurar um especialista para a realização de um exame físico completo.

Agora que sabemos o que é diástase pós-parto, suas causas e alguns sintomas, vamos para o nosso último tópico: o que fazer para melhorar a diástase?  

4. Como tratar o problema?

Primeiramente, é importante esclarecer que a cinta abdominal não corrige a diástase pós-parto! O objetivo desta órtese é estabilizar passivamente a coluna lombar e proporcionar conforto. 

Aliás, o uso prolongado da cinta pós-parto, inclusive, gera mais fraqueza da musculatura abdominal.

Devo fazer os abdominais que flexionam o tronco, como na academia? Pode ser um pouco precipitado! Esses exercícios são hiperpressivos, ou seja, eles aumentam a pressão intra abdominal e podem distanciar ainda mais a musculatura.  

Como tratar a diástase, então?

O tratamento da diástase pós-parto baseia-se em exercícios que favorecem a reaproximação dos músculos abdominais. São técnicas específicas para músculos abdominais profundos.

O início do treinamento deve ser sempre acompanhado por um fisioterapeuta ou profissional de saúde habilitado após a sua liberação médica. 

Um exemplo de técnica utilizada para minimizar a diástase são os abdominais hipopressivos, ou ginástica hipopressiva. O método consiste em um treinamento que envolve músculos posturais e respiratórios. E como diz o nome, diminui a pressão abdominal e pélvica. 

Além disso, a técnica hipopressiva tem um efeito positivo na musculatura do assoalho pélvico. Essa região é bastante sobrecarregada durante a gestação. Outros benefícios incluem: melhora do alongamento e aumento da resistência física. 

A diástase pós-parto pode precisar de correção cirúrgica em alguns casos. O distanciamento considerado para uma cirurgia pode variar de 3 a 5 cm; ou casos em que a resposta ao tratamento conservador não tenha sido satisfatória. É imprescindível uma avaliação médica criteriosa para mais orientações. 

Esse artigo esclareceu as suas questões a respeito do tema? Compreender o que é diástase pós-parto, suas causas e como identificá-la favorece a sua saúde e a busca por tratamentos. 

Continue acompanhando nosso blog para mais informações. Deixe nos comentários as suas dúvidas, para que possamos te ajudar da melhor forma! 

Obrigada pela sua leitura e até breve!

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